Uma das grandes preocupações dos pais que têm filhos com deficiência mental ou múltipla é com relação ao futuro. Ele conseguirá atingir algum nível de independência, terá uma participação ativa na comunidade, alguém lhe dará trabalho? São muitas as dúvidas e inseguranças. Se incluir crianças com necessidades especiais na sociedade já não é tarefa fácil (embora exista lei que garanta a elas acesso à escola), para os jovens e adultos nessas condições as chances de qualquer tipo de inclusão são ainda menores. Mas existem alguns projetos e programas voltados para este público que comprovam que é possível, sim, basta que se tenha vontade de fazer.

 

A Fundação Catarinense de Educação Especial aposta nesta ideia. Criou o projeto-piloto Cooperativa Social de Produção e Serviços, com o objetivo de inserir no mundo do trabalho pessoas com deficiência mental e múltipla. As atividades iniciaram em maio e envolvem mais de 80 aprendizes, com idades entre 18 e 65 anos, auxiliados por oito técnicos e professores.

 

Eles participam de oficinas de qualificação profissional e oferecem produtos e serviços ao público, como limpeza e conservação de veículos e gastronomia. Mas o grande destaque do projeto é a Oficina de Cultivo de Flores e Plantas Ornamentais. Neste mês de outubro, eles estão começando a colher os primeiros frutos do trabalho, comercializando chás e ervas medicinais, algumas hortaliças e pimentas. Com o tempo o número de produtos à venda deverá crescer, mas já é um belo começo. Quem quiser comprar produtos e ajudar a cooperativa basta ligar para (48) 3381-1634. É a nossa forma de ajudar.