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Publicado: 05/02/2016

Cooperativa Social 18 de Maio promove mais inclusão e renda

O cooperativismo - não é de hoje - tem como seu grande trunfo a inclusão social de pessoas menos favorecidas. Isso abrange quem está sem emprego, egressos do sistema prisional, as pessoas que são usuárias da rede de saúde mental, entre outras.

Os usuários da Rede de Saúde Mental são encontrados em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nos Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO). Nesses locais, existem vários projetos que, normalmente, ficam esquecidos ou são pouco aproveitados, como artesanato, pintura e afins.
Em São Paulo, existe desde 2011 a Cooperativa Social 18 de Maio, que tem como objetivo agrupar esses projetos, dar a eles visibilidade e gerar renda - 18 de maio é o dia nacional da luta antimanicomial.

“O usuários não tinham dinheiro e estavam sem expectativas. Agora, com a Cooperativa Social 18 de Maio, eles estão fazendo o trabalho deles e conseguem uma renda. Isso é somente o começo. A Cooperativa 18 de Maio será a maior cooperativa de saúde mental do Brasil”, diz com entusiasmo o seu presidente, Carlos Santana.

Mas a questão não é somente a renda deles. É nítida a melhora na saúde de cada pessoa que faz o seu trabalho e se sente reconhecida quando participa de uma feira de saúde mental. “Nós usuários precisamos desse trabalho para melhorar a nossa saúde e para não ficarmos somente vivendo da dependência química”, afirma Santana.

A vice-presidente da cooperativa, Lili Freitas, ressalta a importância da reintegração dessas pessoas socialmente, quando é dada essa visibilidade ao trabalho delas. “Nas unidades de saúde existem projetos de trabalho que tem que ter visibilidade (na comunidade), para que a pessoa se sinta reintegrada socialmente. Porque excluída ela não é, pois ela é um cidadã brasileira.”

Unir e alavancar são palavras usadas por Lili Freitas ao afirmar que a cooperativa tem esse objetivo, pois ajuda as pessoas a venderem seus trabalhos. “Com a cooperativa, esses grupos todos reunidos terão maior visibilidade junto a órgãos públicos e privados, feiras, exposições, onde todos tenham um mínimo de renda com o seu trabalho”, ressalta a vice-presidente da cooperativa.

Inclusão social

A Cooperativa 18 de Maio mostra o quão importante é o cooperativismo para a inclusão de pessoas menos favorecidas da nossa sociedade.


Paul Singer, considerado especialista em economia solidária, diz que o Brasil há 1,5 milhão de associados a cooperativas.

A advogada Dra. Juliana Oliveira de Lima afirma que em nosso país, com a desigualdade existente, se faz necessário o cooperativismo para a inclusão social. “Nesse contexto, o cooperativismo apresenta-se como uma alternativa de extrema importância para a economia, por ser a cooperativa uma organização que trata o trabalho de forma coletiva, para objetivos e finalidades em comum de seus cooperados. Esses objetivos não seriam alcançados apenas com o trabalho individual”, diz Juliana.


Fonte: Revista EasyCOOP

 

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